Âncoras

Lar, doce lar! E cá estou eu de volta em casa e em família. Depois de uma viagem a bordo do “Expresso Catarinense“ desembarquei em Itajaí com o tempo nublado e leve garoa, até parecia “Chuvaville”!. Durante a viagem aproveitei para acompanhar pautas relevantes da Assembleia Legislativa e também me vieram “insights” para as minhas crônicas que aproveitei para cria-las durante o trajeto. Enquanto eu digito, chove lá fora, e também choveu quando passei por Governador Celso Ramos enquanto contemplava a paisagem exuberante da janela em que escorria os pingos da chuva. Apesar dos pingos de chuva escorrendo na janela do ônibus e da sensação de ser apenas mais uma de amor¹, o meu coração está reconfortado pelos bons momentos vividos e pelas boas lembranças que trago na memória. Ah! Governador Celso Ramos e a minha viagem de 8ª série... Digitando sou levado de volta ao tempo para aquela emoção de viagem de final de Ensino Fundamental. A chegada, o deslumbramento, a amizade e o companheirismo, a diversão, a alegria, os amores, e a despedida...

E na chegada aquele deslumbramento toma conta dos alunos com todo aquele espaço a ser aproveitado! Piscinas, campos, e áreas de lazer “a la vonte”. Por onde começar? Pelo início, mas antes, aquela pausa para assistir “Malhação” e pagar umas flexões no chão para aparecer com o peitoral de grilo inchadinho na piscina. Quem nunca?!

E então, a diversão, as brincadeiras, quando de repente começamos a reparar que não estamos sozinhos no resort. Havia outra excursão... E meninas bonitas... E “cabras” gente boa...

A aproximação, a conversa, o riso, e a diversão novamente. Todos amigos! E desse momento em diante foi só alegria e novas estórias sendo compartilhadas. Até que num certo momento, não me recordo direito agora, mas eis que nos encontramos em um local fechado. E ali encontrei um dos meus primeiros amores que quando me aproximei não soube nem o que falar direito e esbocei algo que para a minha sorte foi correspondido e quebrou o gelo inicial. A partir deste dia foi “Nanananananananaeh”².

E a festinha clandestina? E as glamurosas³? E o Âncoras?! “Bah”! Tempo que não volta mais que se tornou inesquecível.

E eis que chega a hora de dar tchau. Aquela tristeza de que o sonho acabou e o coração aflito porque não haverá despedida com os nossos colegas de “tão, tão distante”. Maldito passeio que decidiram fazer ao invés de se despedirem de nós! E então, contra todas as probabilidades, enquanto estávamos deixando o resort surge o ônibus de nossos colegas. A euforia foi total! Todos desceram de ambos os ônibus para se despedir e trocar contatos. Foi um alívio imenso poder me despedir de quem compartilhei bons momentos em minha vida. Sem falar que dali o assunto rendeu por vários anos. E lembra daquela garota que balbuciei algumas palavras? É, chegamos a conversar por msn e carta! Sim, carta. Porém, enquanto ela era toda delicada e uma perfeita princesa em sua caligrafia e assunto, voltando no tempo percebo o quanto fui estúpido ao não ter dado a devida atenção a ela e caprichado na caligrafia e no diálogo por estar demais preocupado em jogar bola com a molecada. É... E essa situação e os meus outros amores frustrados me lembram da música “Coração”⁴ do músico Tomate. “Iô iô iô! Iô iô iô iô!”

 

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